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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Crítica: Emoji - O Filme


Os que acompanham o blog sabem que sou apaixonado por animações, possivelmente todas as nossas críticas à filmes animados possuem notas altas, mas pra tudo tem uma primeira vez...
Levei a expressão "ver pra crer" ao pé da letra nesta minha recente ida ao cinema, pois Emoji - O Filme estava sendo duramente criticado e sendo considerada a pior animação de todos os tempos, e eu tinha que saber o motivo.
Remando contra a maré devo dizer que Emoji não é espetacular, não é inventivo e sem dúvida não vai levar nenhuma premiação futura, mas o filme também não é de todo ruim.
O filme apresenta a cidade de Textopólis, mundo encontrado dentro do smartphone do adolescente Alex. Lá vive Gene, um emoji meh que acaba complicando as coisas para o dono do celular em seu primeiro dia de trabalho, cabendo a ele consertar antes que o mundo dos emojis seja apagado.

A impressão que fica é de já vi isso antes e já vimos mesmo, o filme relembra as tramas de Detona Ralph e Divertida Mente, com um mundo imaginário multicolorido que corre risco e uma variação de personagens que devem impedir que as coisas saiam errado, Emoji - O Filme é como uma cópia pálida destas animações.
Eu disse que a história não era inventiva.
Apesar disso, Emoji possui não muitos, mas alguns destaques como a cena quando uma mãe procura por seu filho dentro de um app, e uma cena que se passa dentro da lixeira de um celular, bem criativas. O design dos personagens e dos cenários são de referência e encantam ao passar das cenas. Outro destaque que eu não esperava gostar tanto é a trilha sonora, que pra surpresa geral incluí um clássico da banda Whan! Músicas eletrônicas atuais e também Disco Inferno do The Trammps.
Bacana adicionar músicas antigas num filme que se mostra tão atual.
Mas como pra um acerto vem dois erros, realmente a parte impressionante fica só nesses quesitos mesmo, ao longo dos 86 minutos de duração somos levados a uma enxurrada de propagandas de variados sites e aplicativos como Instagram, Spotify, Dropbox e Youtube, que apesar de formarem o roteiro incomodam o espectador... e muito!
No meio de tantas piadas sem graça mostradas em cena, os adultos vão gostar das poucas tiradas que realmente funcionam - Como uma crítica esperta ao machismo e uma pergunta totalmente inesperada: "O que um adolescente iria esconder dos pais?"
Resumindo, Emoji - O Filme possuí muitos altos e baixos, é escasso de novidades, de algo que deixe o espectador satisfeito ao sair do cinema. Se é abaixo da média para seu público alvo, as crianças, imagine os adultos! 😑😭 🤢
NOTA: 2,5 **-/5,0 *****

Curiosamente, temos o curta-metragem Puppy! de Hotel Transilvânia apresentado antes do filme, sendo este muito mais criativo, divertido e mais interessante.
A ida ao cinema vale mais a pena para conferir o animado de seis minutos do que o que virá a seguir na tela.

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