O cinema nacional vira e mexe recebe aquelas produções arrebatadoras de qualidade e que saem do padrão. Um dos casos mais recentes foram os excelentes Aquarius e Que Horas Ela Volta?, e agora Bingo - O Rei das Manhãs está entrando para esta seleta lista. Repleto de criatividade, bom humor e uma recriação dos anos 80 pra lá de realista.
O filme apresenta a história-biografia de Arlindo Barreto, o palhaço Bozo, aqui chamado de Augusto, que ganha a vida fazendo filmes pornográficos de baixa qualidade. Quando recebe a chance de interpretar o famoso palhaço Bingo num programa de TV, Augusto dá seus trajeitos ao palhaço e com o tempo o programa virá um sucesso de audiência.
Bingo além de divertido faz uma excelente representação dos loucos momentos dos anos 80, drogas, álcool e sexo são sempre presentes, músicas como 99 Red Ballons e Conga da cantora Gretchen e vários outros sucessos da época também estão incluídos no pacote de nostalgia que este filme entrega.
Além da representação impecável dos anos 80, o filme também possuí um elenco talentosíssimo com Leandra Leal como a diretora de TV, Lúcia que acaba sendo um dos personagens mais encantadorores da história, é difícil não criar uma empatia por ela.
Além de seu elenco e roteiro fabulosos, o filme dirigido pelo estreante Daniel Rezende é tecnicamente belo, os planos- sequência e enquadramentos estão belíssimos, além da montagem e edição que completam a estética de Bingo - O Rei das Manhãs.
Além de um filme impecável, Bingo é uma experiência diferente com cenas loucas - A cena de Gretchen cantando Conga é um dos exemplos - Além de uma nova concepção do que era o cinema e tv naquela época.
Possivelmente, o melhor filme nacional do ano, além de um dos melhores filmes do ano no sentido geral!
NOTA: 5,0 *****/5,0 ******
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