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sábado, 30 de setembro de 2017

Crítica: Divórcio - O Filme



O que vem a sua mente quando falam sobre cinema nacional? Talvez aquelas comédias pastelão de quinta produzidas pela Globo ou aqueles filmes infantis baseados em algum material já existente. Mas para o alivio dos cinéfilos, ultimamente, temos recebido filmes nacionais que são recheados de qualidade e de boas histórias. O novo filme dessa nova leva é Divórcio, uma comédia com uma história bacana e uma dupla principal que rouba a cena.
No filme, Noeli (Camilla Morgado) e Junior (Murilo Benício) são casados e felizes desde jovens. Com o passar dos anos, o casal perde os antigos hábitos da juventude para cuidar dos negócios e da família. Quando Noeli percebe que as coisas não são tão boas quanto nos velhos tempos, o casal decide dar um tempo na relação e preparar a qualquer custo, um divórcio.
Divórcio - O Filme possui em sua maior qualidade um estilo diferente do que estamos acostumados, com cenas de ação com qualidade hollywoodiana e um estilo de comédia que não soa ridículo.
A parte técnica do filme está excelente, diversas cenas possuem enquadramentos perfeitos e uma fotografia brilhante - A primeira e a última cena do filme são os destaques. É ótimo ver um filme tão caprichado, ainda mais sendo uma produção nacional!
O elenco incluí a dupla Camilla Morgado e Murilo Benicio como Noeli e Junior, a dupla possui uma química impressionante, com certeza o melhor destaque do filme.
Divórcio se passa em Ribeirão Preto, São Paulo, cidade que dá ao diretor milhões de oportunidades para algumas da melhores tiradas do filme: "Morar no interior é um cú".
Realmente, é um tipo de humor que não se vê todos os dias.
Divórcio é um filme legal para conferir na próxima ida ao cinema, pois além de ser recheado de qualidade é muito divertido.
NOTA: 4,0 ****/5,0 *****

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Crítica: Ao Cair da Noite


Imagine que após um apocalipse, você deve dividir seus suprimentos e bens com aqueles que se aproximam e ainda, deve se proteger de ataques inesperados, lembra muito The Walking Dead não é? Mas o caso aqui é que estamos falando sobre Ao Cair da Noite, novo suspense do diretor Trey Edward Shults que não possui história muito complexa e foca mais em sobrevivência do que no sobrenatural.
O filme apresenta a família de um homem que vive isolada em uma cabana, temendo um vírus mortal. Quando eles recebem uma família de fora para dividirem a casa, devem descobrir se os hospedes são confiáveis, além de se protegerem de ataques terríveis que só acontecem a noite.
Vamos deixar uma coisa bem clara aqui, Ao Cair da Noite
não é terror, não tem exorcismos, não tem bruxas ou nada neste estilo. Então não assista esperando nada disso, o filme é destinado para um certo tipo de público. A maior qualidade do filme também é essa, não ter altas pretensões.

A construção de ambientes como a cabana da família e a floresta são muito bem realizadas, a cabana é escura e sem muitas janelas e a floresta possuí árvores altas para a pouca passagem de luz, são esses pequenos detalhes que fazem a diferença no filme e impressionam tanto.
Além da construção de ambiente caprichada também temos uma fotografia excelente, com tons bem escuros e junto com a fotografia vem também os enquadramentos que nas cenas que se passam em corredores muda para um formato mais fechado, para tornar mais imersivo. Uma das melhores construções de cenas em muito tempo.
No decorrer dos 91 minutos de duração temos jumpscares ou simplesmente sustos bem usados e que não exageram, os poucos personagens são cativantes para prender a atenção do espectador e a construção da história é interessante.
Com um ar diferente dos suspenses atuais, It Comes At Night (título original) é uma experiência mais sensorial do que simplesmente assistir um filme.

NOTA: 3,5 ***-/5,0 *****

Crítica: Emoji - O Filme


Os que acompanham o blog sabem que sou apaixonado por animações, possivelmente todas as nossas críticas à filmes animados possuem notas altas, mas pra tudo tem uma primeira vez...
Levei a expressão "ver pra crer" ao pé da letra nesta minha recente ida ao cinema, pois Emoji - O Filme estava sendo duramente criticado e sendo considerada a pior animação de todos os tempos, e eu tinha que saber o motivo.
Remando contra a maré devo dizer que Emoji não é espetacular, não é inventivo e sem dúvida não vai levar nenhuma premiação futura, mas o filme também não é de todo ruim.
O filme apresenta a cidade de Textopólis, mundo encontrado dentro do smartphone do adolescente Alex. Lá vive Gene, um emoji meh que acaba complicando as coisas para o dono do celular em seu primeiro dia de trabalho, cabendo a ele consertar antes que o mundo dos emojis seja apagado.

A impressão que fica é de já vi isso antes e já vimos mesmo, o filme relembra as tramas de Detona Ralph e Divertida Mente, com um mundo imaginário multicolorido que corre risco e uma variação de personagens que devem impedir que as coisas saiam errado, Emoji - O Filme é como uma cópia pálida destas animações.
Eu disse que a história não era inventiva.
Apesar disso, Emoji possui não muitos, mas alguns destaques como a cena quando uma mãe procura por seu filho dentro de um app, e uma cena que se passa dentro da lixeira de um celular, bem criativas. O design dos personagens e dos cenários são de referência e encantam ao passar das cenas. Outro destaque que eu não esperava gostar tanto é a trilha sonora, que pra surpresa geral incluí um clássico da banda Whan! Músicas eletrônicas atuais e também Disco Inferno do The Trammps.
Bacana adicionar músicas antigas num filme que se mostra tão atual.
Mas como pra um acerto vem dois erros, realmente a parte impressionante fica só nesses quesitos mesmo, ao longo dos 86 minutos de duração somos levados a uma enxurrada de propagandas de variados sites e aplicativos como Instagram, Spotify, Dropbox e Youtube, que apesar de formarem o roteiro incomodam o espectador... e muito!
No meio de tantas piadas sem graça mostradas em cena, os adultos vão gostar das poucas tiradas que realmente funcionam - Como uma crítica esperta ao machismo e uma pergunta totalmente inesperada: "O que um adolescente iria esconder dos pais?"
Resumindo, Emoji - O Filme possuí muitos altos e baixos, é escasso de novidades, de algo que deixe o espectador satisfeito ao sair do cinema. Se é abaixo da média para seu público alvo, as crianças, imagine os adultos! 😑😭 🤢
NOTA: 2,5 **-/5,0 *****

Curiosamente, temos o curta-metragem Puppy! de Hotel Transilvânia apresentado antes do filme, sendo este muito mais criativo, divertido e mais interessante.
A ida ao cinema vale mais a pena para conferir o animado de seis minutos do que o que virá a seguir na tela.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Crítica: IT - A Coisa


IT: A Coisa é baseado em dois produtos - o livro de Stephen King e o clássico filme homônimo de 1990, que já possuem um bom tempo desde que vieram ao mundo. Esta nova adaptação/remake do diretor Andy Muschietti segue a risca sua história original e leva a tela grande um filme arrepiadamente divertido.
O filme apresenta ass crianças do intitulado Clube dos Otários, que começam a se preocupar com o alto indice de violência e morte na cidade de Derry. Com o tempo, o grupo descobre que os terriveis acontecimentos tem ligação com o palhaço Pennywise e agora devem enfrentar seus piores medos na tentativa de impedir o palhaço.
A qualidade do filme vai muito além de sua história, IT é um dos poucos exemplos de filme que atira pra todos os lados e consegue acertar seus alvos. vários assuntos como bullying, violência, medo, infância e adolescência são postos em tela e se unem a um gostoso clima oitentista.

A parte técnica está impecável. A fotografia usa e abusa de tons escuros para a construção de suas cenas e os enquadramentos ficaram bem legais - uma das melhores cenas fica por conta de quando Billy tem um encontro com Pennywise.
Os efeitos especiais também ficaram muito bem feitos, compostos e colocados.

O filme tem sua maior qualidade em saber o que quer passar ao espectador, em variadas cenas o filme sabe assustar o espectador, encantar e fazer rir, é o que podemos chamar de filme montanha-russa, onde após uma cena aterrorizante - Como uma das cenas que se passa em um porão, um personagem vem com um comentário inesperado, e este é o melhor tipo de alívio cômico.
IT: A Coisa é um filme de terror bem diferente do que estamos acostumados, seus elementos são ótimos e o elenco tem um charme especial.
Excelente!
NOTA: 5,0 *****/5,0 *****

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Crítica: Corra!


O gênero suspense está se desenvolvendo e apresentando trabalhos fabulosos e criativos, o caso mais recente foi Fragmentado (2017). O novo filme do diretor Jordan Peele, Corra! incluí discurso interracial, um toque de comédia e suspense.
O filme apresenta Chris, um jovem negro que vai conhecer a família de sua namorada, detalhe toda a família é branca. Ao passar dos dias, Chris descobre que as coisas não são tão pacificas como imaginou.
Corra! é um filme impressionante e criativo. O roteiro apresenta surpresas a todo tempo, desde o início da projeção até o último minuto, a construção inteligente de ambiente e personagens são um dos destaques.
A fotografia sabe prender o espectador, a mistura de cores cinza e azul em determinadas cenas - como as alucinações de Chris - são as melhores do filme.
O elenco está excelente, o destaque principal fica por conta do ator Daniel Kaluuya que interpreta Chris, sabendo dar várias expressões a seu personagem, tornando ele bem natural. É um daqueles atores que vão ter um futuro promissor no cinema.
Get Out (no original) também merece elogios por suas críticas sociais ao racismo e aos esteriotipos. São muitas as cenas em que Chris não deixa de expressar de opinião - como na festa da família de sua namorada, ou nas cenas finais. Palmas, pois não é todo dia que vemos um personagem negro como um protagonista tão forte como Chris.
Terminando o texto basta elogiar a criatividade dos escritores para mesclar suspense, comédia e terror num mesmo roteiro sem soar forçado ou estranho.
Uma das surpresas do ano!
NOTA: 4,5 ****-/5,0 *****

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Crítica: Bingo - O Rei das Manhãs


O cinema nacional vira e mexe recebe aquelas produções arrebatadoras de qualidade e que saem do padrão. Um dos casos mais recentes foram os excelentes Aquarius e Que Horas Ela Volta?, e agora Bingo - O Rei das Manhãs está entrando para esta seleta lista. Repleto de criatividade, bom humor e uma recriação dos anos 80 pra lá de realista.

O filme apresenta a história-biografia de Arlindo Barreto, o palhaço Bozo, aqui chamado de Augusto, que ganha a vida fazendo filmes pornográficos de baixa qualidade. Quando recebe a chance de interpretar o famoso palhaço Bingo num programa de TV,  Augusto dá seus trajeitos ao palhaço e com o tempo o programa virá um sucesso de audiência.
Bingo além de divertido faz uma excelente representação dos loucos momentos dos anos 80, drogas, álcool e sexo são sempre presentes, músicas como 99 Red Ballons e Conga da cantora Gretchen e vários outros sucessos da época também estão incluídos no pacote de nostalgia que este filme entrega.

Além da representação impecável dos anos 80, o filme também possuí um elenco talentosíssimo com Leandra Leal como a diretora de TV, Lúcia que acaba sendo um dos personagens mais encantadorores da história, é difícil não criar uma empatia por ela. 

Vladimir Brichta parece estar vivendo o papel de sua vida, e não faz feio na missão. O ator constrói muito bem as diferenças entre seus personagens e ainda sim parecem completamente a mesma pessoa. Bingo e Augusto são viciados em sexo, bebida e não economizam na hora de dar uma opinião sincera - A primeira cena do programa do Bingo deixa isso bem amostra.  Uma atuação que merece palmas.

Além de seu elenco e roteiro fabulosos, o filme dirigido pelo estreante Daniel Rezende é tecnicamente belo, os planos- sequência e enquadramentos estão belíssimos, além da montagem e edição que completam a estética de Bingo - O Rei das Manhãs.

Além de um filme impecável, Bingo é uma experiência diferente com cenas loucas - A cena de Gretchen cantando Conga é um dos exemplos - Além de uma nova concepção do que era o cinema e tv naquela época.
Possivelmente, o melhor filme nacional do ano, além de um dos melhores filmes do ano no sentido geral!
NOTA: 5,0 *****/5,0 ******

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

AS ESTREIAS DE SETEMBRO NO CINEMA!







 O nono mês do ano já tá aí! E mais uma vez a gente te deixa informado com as principais estreias no cinema que estão chegando. Em setembro teremos muito terror, filmes nacionais, além de uma nova animação de LEGO.

ESTREIAS:

IT: A Coisa - Hoje nos Cinemas.
                   

Policia Federal - A Lei é Para Todos (Nacional) - Hoje nos Cinemas.



Amityville: O Despertar - Hoje nos Cinemas.



Divórcio (Nacional) - Hoje nos Cinemas.

Mãe - Hoje nos Cinemas.

Pelé: O Nascimento de Uma Lenda (Nacional) - Hoje
nos Cinemas.

LEGO Ninjago: O Filme - Hoje nos Cinemas
em 3D.

Kingsman 2: O Círculo Dourado - Hoje nos Cinemas em 3D.