Crítica: Dunkirk

Christopher Nolan. O que vem a sua mente quando esse nome aparece nas telonas do cinema?

Possivelmente um filmaço vindo aí. Com a trilogia Batman (2005-2012) e a ficção cientifica Interestelar ainda frescos no imaginário dos cinéfilos e espectadores, a expectativa para um novo filme do diretor é quase imediata.
Com alguns filmes tecnicamente e narrativamente impecáveis no currículo, Christopher Nolan apresenta Dunkirk.

O filme se passa na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial e apresenta a história de soldados, aviadores e civis que tem suas vidas interligadas pela tentativa de evacuação de soldados da praia de Dunkirk enquanto buscam a sobrevivência aos brutos ataques nazistas.


Dunkirk começa no ápice do terror da guerra, onde jovens enfrentam com dúvida as batalhas, uma boa partida para o filme que começa a decair a partir dos 40 minutos. Apresentando cenas de terror e brutais, o diretor Christopher Nolan coloca atores em tela como personagens pouco aprofundados e sem nome, o que já torna Dunkirk um filme ainda mais difícil de se compreender ainda mais pela péssima ideia do diretor de apresentar diferentes momentos dos personagens como em cenas de pilotos e soldados nas praias.

O elenco inclui Kenneth Branagh, Mark Rylance e o talentoso Tom Hardy, que estão ótimos e garantem a atenção do público em detrimento da confusa narrativa.

Dunkirk é um filme cansativo por sua duração e sua montagem confusa, mas ganha o espectador no apuro técnico que inclui uma fotografia, que  sem dúvida vai estar indicada no próximo Oscar, a edição de som é caprichada e as cenas com câmeras IMAX são as melhores na produção.

A recriação da evacuação de Dunkirk e das batalhas da Segunda Guerra Mundial são uma empreitada interessante, Christopher Nolan imprime um filme sufocante, perturbador e belo por fora, mas vazio por dentro, em sua narrativa.
NOTA: 3,0 ***/5,0 *****