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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Crítica: Death Note (2017)


Assim como os reboots e sequências, as adaptações também tentam sua chance no mercado cinematográfico. Na maioria das vezes se tornando uma bagunça ou fracasso, Ghost in the Shell (2017) adaptação do famoso anime/manga é o caso mais recente.
Death Note (2017) produzido pela Netflix acaba de entrar nesta linha, os motivos? Vários, e tudo isso a gente vai ver mais a frente.

No filme, o estudante Light Turner (aka Light Yagami) encontra o death note, o caderno da morte. Ao escrever um nome no caderno, a pessoa mencionada é morta em segundos. Quando o poder sobe a cabeça, Light denomina a si mesmo um deus e deve lidar com a perseguição do jovem detetive chamado de L.

A obra em anime de Death Note é basicamente uma das melhores produções tanto em animação quanto em investigação, qualidade e sentimento sempre presentes, esqueça tudo isso, pois foi varridos na produção desta adaptação. 

As coisas já começam errado quando as críticas políticas e sociais passam para mimimi jovem e adolescente, a desconstrução da essência de Death Note não pará por aí, a americanização e estereótipos atrapalham muito na construção do filme, ainda mais quando você sabe que aquilo ali não está certo. 

Além da essência, mais ainda foi mudado em relação com a obra original, os personagens. O Light de Nat Wolff passa de estudante calculista para nerd corajoso e estereotipado. Mia (equivalente a Misa) interpretada por Margaret Qualley se torna a personagem mais chata de todo o filme, não encanta e não possuí um pingo do carisma da personagem original. Keith Stanfield interpreta L trazendo os trejeitos básicos do personagem original e o mais próximo de cativante que iremos encontram em um personagem do filme. 

O destaque total fica por conta de William Dafoe que interpreta o shnigami, Ryuk, o personagem símbolo de Death Note por sorte foi adaptado com perfeição e carisma, criado através de dublagem e captação de movimentos tem momentos sombrios e cômicos que agradam o espectador e criam uma empatia pelo personagem.

O diretor Adam Wingard torna Death Note, um filme bonito aos olhos, repletas de zoons, closes e movimentos de câmera bem pensados a parte técnica do filme não feio, um dos poucos detalhes que se destacam positivamente aqui.

Como filme, Death Note (2017) já é ruim, em comparação com seu texto original só se torna pior ainda. Corrido, bobo e com pouquíssimos destaques o filme é uma ofensa a seus fãs e ao real significado à Death Note em sua obra original.
Um dos piores filmes do ano!
NOTA: 2,0 **/5,0 *****

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