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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Crítica: Silence (Silêncio)

O diretor Martin Scorsese está de volta com novo filme visceral que apresenta recursos técnicos fantásticos e uma boa história.

O filme se passa no século 16, um tempo onde o cristianismo era proibido e conta a história de dois jovens padres portugueses que devem viajar até o Japão para resgatar seu antigo mentor.
Silêncio é primoroso desde sua abertura, onde não há sons, ou qualquer fala. O que proporciona uma ótima construção da atmosfera do filme.

Outro destaque são os atores Andrew Garfield e Adam Driver, que interpretam Rodrigues e Sebastião. A dupla tem ótima interação em tela, se saindo bem na interpretação.
Liam Neeson é outro destaque neste elenco particularmente pequeno, interpretando Ferreira, um padre que passa a se arriscar na missão de propagar o cristianismo.

Em quesitos técnicos, o filme não faz feio. A fotografia é muito bem escolhida, onde o azul e o cinza predominam. Os enquadramentos também ficaram fantásticos. A edição de som não fica devendo e nas poucas cenas com sons faz um espetáculo, como em uma cena que incluí ondas.

Silence (título original) também traz muito mais do que fotografia bonita e atores em sintonia, mas também uma imersão visceral como em algumas cenas de tortura (que não são poucas) e algumas onde os personagens são obrigados a atos que vão contra suas crenças!

Um dos poucos problemas que vem junto com toda a cinematográfia espetacular, é a longuíssima duração de 2 horas e 41 minutos, que acaba incomodando qualquer espectador, apesar de ser necessário para montar toda a história do filme.
Não se importando com duração, o espectador recebe um filme aproveita este tipo de espetáculo.

É estranho como um filme tão bom tecnicamente foi tão esnobado em prêmios como Globo de Ouro e Oscar.

NOTA: 4,0 ****/5,0 *****

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