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sexta-feira, 24 de março de 2017

Crítica: Power Rangers - O Filme


2017 é sem dúvida o ano mais nostálgico da história do cinema. Aos montes, produções e séries de mais de 20 anos atrás estão de volta as telas grandes.


Entrando também no barco da nostalgia (e do lucro fácil) está a nova adaptação de Power Rangers.
O filme apresenta Jason, Zack, Billy, Trini e Kimberly, cinco estudantes que são unidos pelo destino para a missão de proteger o planeta, como o grupo chamado de Power Rangers.

Power Rangers: O Filme se atualiza com smarthphones de última geração, algumas gírias e uniformes tecnológicos (lindos por sinal) invés da lycra apertada dos personagens. A parte ruim é que não conseguiram atualizar os conflitos clássicos da narrativa escolar dos personagens, onde há aquela clássica humilhada ao personagem bondoso ou aquela zuada com a personagem mais humilde. Conflitos sem inspiração que nós fazem pensar: "Roteiristas, estamos em 2017, vamos mudar as clássicas situações?"

Algo que dá pra falar bem são os movimentos de câmera do diretor que mesmo sem o uso de tecnologia 3D cria uma janela entre o público, um efeito quase imersivo. A fotografia do filme também não faz feio e tem cor e frames espetaculares.

A edição e mixagem de som do filme estão ótimos e sem dúvida, é um dos detalhes que vão surpreender o espectador, a batalha final fica bem mais elétrica!

Os atores estão bem confortáveis como os Rangers, que mesmo estando no piloto automático se saem bem na missão.
Elizabeth Banks é um dos poucos nomes famosos no elenco, interpretando Rita Repulsa, a vilã clássica dos Power Rangers. Caricata e sarcástica a personagem está agradável e atualizada para os novos tempos.

O destaque entre os atores fica por conta de RJ Cyler que interpreta Billy, o Ranger Azul com uma aura encantadora. A empatia pelo personagem é imediata, e sem dúvida é o melhor personagem de todo o filme.
A trilha sonora do filme é bem escalada, o problema fica por algumas cenas onde resolveram encaixa-las. As cenas mais calmas incluem pop e as cenas mais importantes ficam bizarras como a batalha final que inclui uma luta dos Zords ao som de um rock pesado, algo jamais visto. Talvez tenha sido essa a intenção, mesmo assim o saldo é positivo.

Talvez este remake não tenha sido necessário, mas também ele traz consigo algumas boas surpresas como as referências para os mais familiarizados com as primeiras temporadas da antiga série dos Rangers, traz também a quebra de preconceitos e a pregação da inclusão.

Meio cômico, um pouco emocionante e com uma pitada de diversão louca, este novo Power Rangers é remodelado pra quem procura uma fonte de nostalgia ou diversão ligeira com lição de vida.
NOTA: 3,5 ***-/5,0 *****

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