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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Crítica: Kong - A Ilha da Caveira


Hollywood está explorando novamente seus monstros clássicos em busca de alguns trocados. Alguma novidade?
Este novo "Kong" tem efeitos especiais "de ponta", personagens fraquíssimos e uma falta de justificação para existir.
O filme se passa após a Guerra do Vietnã, enquanto um grupo de exploradores e militares busca recursos naturais em uma mítica ilha. O perigo começa quando o grupo descobre que a ilha é o território do gigante Kong e de outras terríveis criaturas.
Falando agora de recursos técnicos, a fotografia criada utilizando tons amarelados, verde e cores quentes são o destaque da produção. Os efeitos especiais ficaram decentes. Por quê essa afirmação? Porque em variadas cenas, o CGI do filme parece plástico, mal renderizado, até difícil de engolir. Apesar disso, Kong nunca foi tão bem feito, a quantidade de pelos, as presas, e os movimentos também ficaram impressionantes.
A trilha sonora do filme é um destaque positivo bem bacana e incluí em sua maioria rock antigo, conseguiram encaixar até White Rabbit do Jefferson Airplane , mas apesar disso as canções são bastante desconexas em várias cenas.
A sonoplastia está espetacular, o rugido de Kong, os movimentos das Criaturas, as explosões, até a atmosfera das florestas foram bem construídos. Bom destaque.
Os atores estão fraquíssimos.
Tom Hiddleston e Brie Larson, a dupla de protagonistas, não tem nenhuma química e são colocados em tela sem nada a fazer, a não ser tirar fotos, trocar farpas e correr. Péssimo uso de uma dupla sensacional.
O sempre excelente Samuel L. Jackson acaba recebendo o posto de vilão afro-americano anti-ambientalista do filme e basicamente perpetuando o esteriótipo do empresário (nesse caso, um soldado) mercenário. Quantas vezes já não vimos isso? 
                                      
O resto do elenco incluí, interpretando personagens sem nenhum destaque, burros, desinteressantes. Nada que já não tenhamos visto.
O único destaque positivo neste elenco desengonçado, é o ator John C. Reilly, que interpreta Marlow, o ancião da ilha. Cômico, bem maquiado e encantador, o ator
é o único personagem, além do Kong que consegue prender a atenção do espectador.
Clichê e sem justificativa são os adjetivos para esse novo filme do gigante Kong.



Antes de terminar, mais uma reclamação: Tentaram imprimir uma possível mensagem ambientalista e ecológica, mas nem isso conseguiram!
É incrivelmente estranho como fazem um filme técnico tão espetacular, mas erram tanto no roteiro.
NOTA: 2,0 **/5,0 *****

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