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quinta-feira, 1 de março de 2018

Crítica: Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi




Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi, novo filme da diretora Dee Rees é um filme profundo, violento, belo e necessário para os dias de hoje.



O filme, passado na época da Segunda Guerra Mundial, foca na instável relação entre as famílias McAllan e Jackson que entram em um confronto ainda maior quando Ronsel e Jamie, de ambas as famílias criam uma amizade após lutarem no mesmo lado durante a guerra.


A crítica feita a desigualdade da época é direta e reta com algumas cenas que se alternam entre a casa dos McAllan e dos Jackson mostrando negros em posição de submissão e brancos em posição de poder e como alguns personagens como a mãe de Ronsel narram seus personagens em off, não aprovam as atitudes de seus patrões, hesitando em tomar uma atitude. É por meio destes artifícios que o filme constrói a linha de pensamento de seu personagens.

O filme também impressiona pela qualidade de seus figurinos, cenários como a igreja da família Jackson e a fotografia que favorece as cenas ocorridas nos campos, proporcionando uma experiência visual interessante.
Mary J. Blidge como Florence
O elenco inclui Jason Clark, Carey Mullins, Garrett Hedlund, Rob Morgan e Mary J. Bridge que recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu desempenho espetacular como Florence Jackson.
De excelente qualidade e roteiro, Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi durante seus 135 minutos, provoca em seu espectador uma montanha russa de sentimentos como ódio, medo e espanto, em contraste a extrema violência e desigualdade daquela época.
Um filme reflexivo que critica o que o ser humano teve ou ainda tem de pior e melhor dentro de si.
NOTA: 4,5 ****-/5,0 *****

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