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quinta-feira, 15 de março de 2018

AS ESTREIAS DE MARÇO NOS CINEMAS!

Mais um mês chegando e um novo calendário de estreias nas telonas. Entre as estreias do mês teremos a estreia de um dos indicados ao Oscar, um novo filme do diretor Steven Spielberg, um novo terror, uma biografia e a estreia de uma nova produção da Disney!
* - Indicado ao Oscar
OPERAÇÃO RED SPARROW - HOJE NOS CINEMAS.

      PROJETO FLÓRIDA* - HOJE NOS CINEMAS.

A MALDIÇÃO DA CASA WINCHESTER - HOJE NOS CINEMAS

15H17: TREM PARA PARIS - HOJE NOS CINEMAS.

TOMB RAIDER: A ORIGEM - HOJE NOS CINEMAS.

CÍRCULO DE FOGO: A REVOLTA - HOJE NOS CINEMAS.

12 HERÓIS - HOJE NOS CINEMAS.

       NADA A PERDER - HOJE NOS CINEMAS.

    JOGADOR NÚMERO 1 - HOJE NOS CINEMAS.

UMA DOBRA NO TEMPO - HOJE NOS CINEMAS.

sábado, 3 de março de 2018

Crítica: Três Anúncios Para um Crime


Ao longo de seus 115 minutos, Três Anúncios Para um Crime justifica suas 7 indicações ao Oscar sem muito esforço, a narrativa tem um ponto principal, mas não deixa de tocar nas experiências de outras posiblidades.

O filme conta a história de Mildred, uma jovem mãe que teve sua filha assassinada brutalmente numa estrada deserta. O tempo passa e com o descaso da polícia da região, Mildred busca fazer justiça através de três anúncios colocados no mesmo lugar do assassinato.

Três Anúncios Para um Crime não é um filme para qualquer espectador, há uma boa dose de violência e assuntos pesados, o que torna ainda mais verossímil sua história e seus personagens, um retrato firme da realidade atual.

Falando em personagens, é necessário elogiar a profundidade e o desenvolvimento dados a cada um. Os espectadores se envolvem com as escolhas e a realidade deles, principalmente de Mildred, interpretada pela fantástica Frances McDormand que foi indicada ao Oscar por sua atuação fervorosa, determinada e sem papas na língua.

Sam Rockwell, indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante também faz um ótimo trabalho como Dixon, personagem bem construído, desenvolvido e interpretado através de toda projeção, excelente.

Com um roteiro bem original, o filme também impressiona por sua variadas escolhas como uma crítica (verbal) ao machismo, homofobia, violência policial e até racismo, o que tornam este filme, um filme bem humano.

O filme possuí algumas falhas, como a demora até realmente começar com força, mas surpreende esteticamente e também por sua trama, um elenco talentoso e personagens ricos e bem aprofundados, Três Anúncios Para um Crime é uma carta com humor negro, drama nada meloso e uma soco na boca do governo mundial (brasileiro principalmente) atual.

NOTA: 4,0 ****/5,0 *****

quinta-feira, 1 de março de 2018

Crítica: Projeto Flórida


Criança e inocência estão conectados, assim como o adulto está conectado as dificuldades da vida como as contas a pagar e o desemprego. Projeto Flórida, novo filme do diretor Sean Baker faz um interessante e direto contraste entre esses fatos, a vida de uma criança e um adulto, tudo pelo ponto de vista amigável de sua personagem principal.
O filme passado em Orlando apresenta um grupo de crianças, liderado por Moone (Brooklyn Prince) de apenas seis anos. Enquanto eles vivem as maravilhas da infância, os adultos ao seu redor lidam com tempos difíceis.
Em Projeto Flórida há também outro grande trunfo, seu roteiro. Todo o subtexto da história de Moone com sua mãe é comovente, assim como a relação construída pelas personagens, belíssima atuação de Brooklynn Prince e Bria Vinaite.

Brooklynn Prince é o coração e alma deste filme, a nova estrela mirim do cinema, a garotinha esbanja talento e carisma, atuação poderosa para uma menina de sua idade.

Na parte técnica só tenho elogios, para o design de produção dos cenários como a entrada do hotel e o quarto de Moone e Hayley que tem uma iluminação bem composta. Algumas cenas ocorridas em espaços abertos são bem captadas pela fotografia.
Com diversas entrelinhas e subtextos, o roteiro criado por Sean Baker e Chris Bergoch é de uma qualidade incrível. A delicadeza implícita na discussão de assuntos como drogas e violência no cotidiano das crianças do hotel impressiona. Palmas para a dupla.
Com um roteiro sólido e a linda atuação de Brooklyn Prince, Projeto Flórida dirigido pelo talentoso Sean Baker passa por cima de vários indicados ao Oscar tanto em questão de roteiro e qualidade, quanto na empatia criada por seu espectador pela doce simplicidade do filme.

Uma belíssima experiência no cinema.

NOTA: 5,0 *****/5,0 *****

Crítica: Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi




Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi, novo filme da diretora Dee Rees é um filme profundo, violento, belo e necessário para os dias de hoje.



O filme, passado na época da Segunda Guerra Mundial, foca na instável relação entre as famílias McAllan e Jackson que entram em um confronto ainda maior quando Ronsel e Jamie, de ambas as famílias criam uma amizade após lutarem no mesmo lado durante a guerra.


A crítica feita a desigualdade da época é direta e reta com algumas cenas que se alternam entre a casa dos McAllan e dos Jackson mostrando negros em posição de submissão e brancos em posição de poder e como alguns personagens como a mãe de Ronsel narram seus personagens em off, não aprovam as atitudes de seus patrões, hesitando em tomar uma atitude. É por meio destes artifícios que o filme constrói a linha de pensamento de seu personagens.

O filme também impressiona pela qualidade de seus figurinos, cenários como a igreja da família Jackson e a fotografia que favorece as cenas ocorridas nos campos, proporcionando uma experiência visual interessante.
Mary J. Blidge como Florence
O elenco inclui Jason Clark, Carey Mullins, Garrett Hedlund, Rob Morgan e Mary J. Bridge que recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu desempenho espetacular como Florence Jackson.
De excelente qualidade e roteiro, Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi durante seus 135 minutos, provoca em seu espectador uma montanha russa de sentimentos como ódio, medo e espanto, em contraste a extrema violência e desigualdade daquela época.
Um filme reflexivo que critica o que o ser humano teve ou ainda tem de pior e melhor dentro de si.
NOTA: 4,5 ****-/5,0 *****